Instituto de Neurocirurgia de Nova Iguaçu - Nova Neuro
Como é uma pessoa com autismo?

Uma pessoa com autismo pode apresentar dificuldades na comunicação e interação social, padrões de comportamento restritos e repetitivos, e variadas respostas a estímulos sensoriais. É fundamental uma avaliação médica detalhada para confirmar o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, pois cada caso é único e os sintomas variam amplamente.
Autismo, conhecido clinicamente como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurológica e de desenvolvimento que se manifesta desde a infância. Uma característica central do autismo é a dificuldade na comunicação e interação social. Pessoas com autismo muitas vezes enfrentam desafios em entender e responder adequadamente às emoções e intenções dos outros, podendo parecer desinteressadas ou distantes nas relações sociais.
Outro aspecto comum do autismo são padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Isso pode incluir movimentos repetitivos (como balançar as mãos), fixação intensa em determinados tópicos, adesão rígida a rotinas ou sensibilidade exacerbada a estímulos sensoriais. Tais características variam amplamente em intensidade e forma entre indivíduos com TEA.
Pessoas com autismo também podem apresentar diferenças na comunicação verbal e não verbal. Alguns podem não desenvolver a fala, enquanto outros podem ter habilidades verbais avançadas, mas enfrentam dificuldades em usar a linguagem de maneira socialmente apropriada. A interpretação literal de expressões idiomáticas ou a dificuldade em entender gestos e expressões faciais também são comuns.
Importante ressaltar que, mesmo diante destes sinais, somente um diagnóstico médico pode confirmar a presença do autismo. Cada pessoa com TEA é única, com seus próprios pontos fortes e desafios. O diagnóstico precoce e a intervenção adequada são fundamentais para auxiliar no desenvolvimento e bem-estar desses indivíduos. É essencial considerar a individualidade e as necessidades específicas de cada pessoa com autismo.
Como é feito o diagnóstico de autismo?
O diagnóstico de autismo é um processo complexo, que não se baseia em um teste único, mas em uma avaliação abrangente do comportamento e do desenvolvimento da criança. Inicialmente, profissionais de saúde realizam uma triagem, frequentemente utilizando questionários específicos, para identificar crianças que podem apresentar características do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Após a triagem, a criança é encaminhada para uma avaliação mais detalhada, geralmente conduzida por uma equipe multidisciplinar, que pode incluir psicólogos, neurologistas, psiquiatras e fonoaudiólogos. Esses especialistas observam o comportamento da criança, sua interação social, comunicação, padrões de jogo e habilidades motoras.
Durante a avaliação, os profissionais também coletam informações detalhadas sobre o histórico de desenvolvimento da criança, incluindo marcos de desenvolvimento, comportamentos anteriores e histórico familiar. Isso é feito por meio de entrevistas com os pais ou responsáveis e, quando possível, a revisão de registros médicos e educacionais.
Não existe um exame médico para diagnosticar o autismo. O diagnóstico é baseado na observação dos comportamentos e no desenvolvimento da criança, comparando-os com critérios específicos, como os descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). É importante notar que o diagnóstico de autismo é um processo contínuo e adaptativo, levando em conta as mudanças e o desenvolvimento da criança ao longo do tempo.
Qual o tratamento para autismo?
Para tratar o autismo, é crucial adotar uma abordagem individualizada, pois os sintomas e necessidades variam de pessoa para pessoa. O tratamento geralmente envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo terapeutas, educadores e médicos. Eles trabalham juntos para desenvolver um plano de intervenção personalizado, que pode incluir terapia comportamental, educação especial, terapia da fala e, em alguns casos, medicação.
Na terapia comportamental, uma das principais estratégias para tratar autismo, utiliza-se técnicas para reforçar comportamentos desejáveis e reduzir comportamentos problemáticos. Terapias como Análise Comportamental Aplicada (ABA) são comumente utilizadas. A ABA foca em habilidades específicas, como comunicação, socialização e aprendizagem, adaptando-se às necessidades individuais.
Além disso, a terapia da fala é crucial para tratar autismo, especialmente para aqueles que têm dificuldades na comunicação. Esta terapia visa melhorar a habilidade de comunicação verbal e não verbal, ajudando a pessoa com autismo a expressar suas necessidades, pensamentos e emoções de maneira mais eficaz.
O tratamento para autismo é um acompanhamento contínuo, adaptando-se ao desenvolvimento e às mudanças nas necessidades da pessoa ao longo da vida. As famílias também são envolvidas no processo, recebendo orientações e suporte para manejar comportamentos e promover habilidades sociais e de comunicação em casa. É essencial entender que, embora não haja uma cura, as intervenções adequadas podem melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas com autismo.